Poucos falam sobre isso,… alguns, talvez até muitos, pensem nisso…
Por uns considerado um acto de cobardia, por outros até um acto corajoso e por outros ainda, um misto de cobardia e coragem.
Nem todos temos a mesma força para enfrentar e resolver os problemas que se atravessam nas nossas vidas, nem todos temos a mesma força para acreditar que vamos ser felizes, nem todos temos a mesma força para tirar partido do lado bom da vida, nem todos…
Por vezes acabamos de resolver um problema e logo de seguida vem outro e outro e outro o que também nos leva a acreditar que algo de melhor haverá para além da vida, já que tudo o que nos rodeia não nos faz feliz.
A ausência de felicidade, não falo da felicidade total essa creio que não existe, falo dos vários momentos que temos de felicidade, são tão pequeninos e preenchem-nos tão pouco que só conseguimos ver o que não temos, o que nos faz infelizes.
Há quem não cometa suicídio por pensar que vai magoar muito quem o rodeia, por saber que os vai fazer sofrer e até culpabilizarem-se por não terem percebido ou dado mais atenção,… mas às vezes creio que se chega a um ponto em que a dor ou o desespero é tão grande que nem já isso importa.
Nos dias de hoje, estamos tão preocupados com os nossos umbigos, com os nossos problemas, numa correria frenética diária que não percebemos que quem nos está próximo sofre e sofre de tal maneira que … comete suicídio! E só aí quem nos rodeava toma consciência, começa a juntar certas peças e chega à conclusão que deveria estar mais desperto e poderia ter dado a mão.
Das vezes em que falei sobre este tema a resposta invariável que tinha era, com algumas nuances, “que disparate”, e a conversa ficava sempre por ali, é um tema que não se discute.
(Depois de um fim-de-semana em grande este é um assunto que nem eu estava à espera que me viesse à cabeça, mas veio...)
10 comentários:
Já escrevi sobre isso também.
Assumo que eu própria já pensei nisso vezes e vezes sem conta!
Acredito que há momentos em que a tristeza e angústia nos dominem e depois da loucura cometida, já não se pode voltar atrás.
Mas espero que não andes com estas ideias.
Beijinho
Olé tema assim para o pesadote logo para segunda feira!!
Fazes bem e fizeste-me pensar.
Há angustias muito fortes há falta de confiança em dias melhores e há a tristeza de quem fica.
A enorme e profunda tristeza!
Abraços
Pés
O limite...
O tal limite que se atinge e quando se supera nos faz crescer!
Por vezes transcende as nossas forças e aqueles que julgavamos ser os nossos limites... e o abismo afigura-se como a saida fácil!
Neste mundo sofre-se muito mais do que as pessoas pensam e por vezes mesmo ao nosso lado!
Há muitos temas que são tabu e descobri que não são para quem os "sente" (neste tema que abordas há muitos que precisam, querem, têm que falar sobre o que sentem e ninguém os quer ouvir, como se só por ser mencionada a palavra fosse acontecer, mais vale tapar os ouvidos) mas quem rodeia quem sente.
Discute-se um sem número de assuntos patéticos mas coisas importantes não.
[Por outro lado há quem faça uso da intenção de suicídio como chantagem.
Bem, tanto se poderia aqui falar sobre isto. Sou uma pessoa com poucos tabus e este tema não é de certeza tabu para mim, a morte é um assunto que me fascina (que é que foi?? ;)), seja de que modo for que aconteça.]
Epá, agora ficava aqui a "falar" mais sobre isto mas ia ser maçador, ahahah, e tenho que dsair.
Bj
Um tema que merece ser debatido... mas é sem dúvida um assunto tabu.
Não censuro e jamais censurarei quem tome essa (última) opção. Para mim... até que é um acto de coragem.
O choque para quem fica, o fim definitivo da esperança e o "alívio" para quem parte, a frustração para quem tenta e não consegue, e para quem tenta não consegue e ficará marcado o resto da vida com isso...
:(
Este post podia ser meu, tirando a parte do "fds em cheio".
Venho só dizer-te o que digo a mim mesmo. TEntar cagar nisso. Sem sucesso a maior parte das vezes.
Se precisares de algo apita!
Houve alturas em que achei que era um acto de cobardia. Outras, que era preciso muita coragem.Que eu não teria. Nunca cheguei a uma conclusão. Um acto de desespero, julgo que algumas vezes um impulso. Não sei. Não penso muito sobre isso, não por achar um assunto tabu, mas não ser assunto que me ocorre muito.
Já tive alturas menos boas na minha vida, e, como tu dizes, às vezes vêem umas atrás das outras. Quase que nem conseguimos respirar no intervalo. Felizmente, nunca fui muito de ficar a olhar para o leite derramado. Felizmente.
Nunca vivi essa experiência com alguém próximo. Acho que seria difícil perdoar-me não ter visto os sinais, porque geralmente eles existem. Conheço alguns casos, pessoas conhecidas e é realmente muito complicado para quem fica cá.
E que fim de semana em grande, o teu!!
Bjks
É algo muito complicado.Tive uma depressão complicada à uns anos, pensei na morte, mas não no acto do suicido. Pedia a DEUS para me levar! Por isso posso dizer que se chegar ao ponto de se pensar significa que se chegou ao estado de desespero total, de isolamento total e de solidão total. Está se num ponto de total devastação mental que pensa-se que já não há o porquê de viver. E é quando o sofrimento atingiu o expoente máximo! E já não há mais forças para lutar! Num passado recente uma amiga disse-me ao telefone que pensava em suicidar-se porque não aguentava! Não saí de ao pé dela, enquanto não a vi sorrir e lhe mostrei o porquê de continuar a viver! hoje vive, não sobrevive!!
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