Poucos falam sobre isso,… alguns, talvez até muitos, pensem nisso…
Por uns considerado um acto de cobardia, por outros até um acto corajoso e por outros ainda, um misto de cobardia e coragem.
Nem todos temos a mesma força para enfrentar e resolver os problemas que se atravessam nas nossas vidas, nem todos temos a mesma força para acreditar que vamos ser felizes, nem todos temos a mesma força para tirar partido do lado bom da vida, nem todos…
Por vezes acabamos de resolver um problema e logo de seguida vem outro e outro e outro o que também nos leva a acreditar que algo de melhor haverá para além da vida, já que tudo o que nos rodeia não nos faz feliz.
A ausência de felicidade, não falo da felicidade total essa creio que não existe, falo dos vários momentos que temos de felicidade, são tão pequeninos e preenchem-nos tão pouco que só conseguimos ver o que não temos, o que nos faz infelizes.
Há quem não cometa suicídio por pensar que vai magoar muito quem o rodeia, por saber que os vai fazer sofrer e até culpabilizarem-se por não terem percebido ou dado mais atenção,… mas às vezes creio que se chega a um ponto em que a dor ou o desespero é tão grande que nem já isso importa.
Nos dias de hoje, estamos tão preocupados com os nossos umbigos, com os nossos problemas, numa correria frenética diária que não percebemos que quem nos está próximo sofre e sofre de tal maneira que … comete suicídio! E só aí quem nos rodeava toma consciência, começa a juntar certas peças e chega à conclusão que deveria estar mais desperto e poderia ter dado a mão.
Das vezes em que falei sobre este tema a resposta invariável que tinha era, com algumas nuances, “que disparate”, e a conversa ficava sempre por ali, é um tema que não se discute.